sábado, 25 de outubro de 2014

Gente que leva a brincadeira muito a sério


Gente que leva brincadeira a sério ... ISTO É BACANA !!

O casal Charles e Ray Eames,respeitado e cultuado nome da Arquitetura e do Design mundial,dizia que projetavam brinquedos para os próprios netos e para os filhos dos colaboradores e dos amigos, mas a verdade era que para eles os brinquedos eram um assunto muito sério e que ocupava uma parte importante das atividades do escritório do casal .Charles defendia que os brinquedos transportam os paradigmas tecnológicos e culturais da época em que são produzidos.

No seu interessante artigo Toy , Tamar Zinguer, professora da Cooper Union de Nova York, lembra que Charles Eames tinha uma paixão por papagaios e era frequentemente convidado para participar de competições. Num artigo de Setembro de 1950, publicado pela revista Architectural Fórum, com o título “Life in a chinese kite”, a casa é descrita como exemplo de eficiência tecnológica na utilização de materiais, cores e transparência fazendo o paralelo explícito com a construção de papagaios. Os mesmos papagaios que aparecem regularmente como elementos de decoração nos projetos dos Eames e que eram considerados, por Charles, um conúbio entre tecnologia, design e brincadeira.

É de 1952 o jogo House of Cards; ( de todos, o que mais a mim me encanta !!!^____^!!! ) um baralho de 54 cartas, cada uma com seis ranhuras, duas em cada lado comprido e uma em cada lado curto. As ranhuras permitiam encaixar as cartas de forma a construir estruturas tridimensionais retas ou curvas. Cada carta tinha, de um dos lados, uma imagem fotográfica ou um padrão gráfico ( mais atual impossível!!!!) e, do outro, um asterisco preto. Uma segunda versão tinha, do lado das imagens, reproduções daqueles que os Eames chamavam “coisas boas” como eram objetos familiares, animais ou imagens da natureza. Algumas cartas tinha imagens de brinquedos, tesouras, botões, novelos de lã ou ainda dedais ou pastéis de cor, entre outras coisas. As imagens foram escolhidas entre centenas e foram envolvidos pessoalmente todos os funcionários do escritório tanto na pesquisa como na escolha, mas a seleção final era de responsabilidade do designer de tecidos Alexander Girard que colaborava regularmente com o escritório dos Eames. As cartas ficaram em produção nos EUA até 1961, sendo que, em 1953, começou a ser produzida uma versão gigante e mais erudita e, em 1970, uma versão com imagens referentes ao universo dos computadores chamada, justamente, Computer House of Cards.

Eu Queroooo !!!











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